Este luns cumpríronse trinta anos da chegada ao poder dun dos políticos máis controvertidos. "Sinto-me o Astérix", afirma.
O Diário de Notícias de Madeira entrevistou a Jardim
Alberto João Jardim pretende renunciar ao cargo de presidente do goberno da Madeira, cargo en cumpriu trinta anos este luns, en abril de 2011, tras o XIII Congresso Regional do PSD-Madeira.
Nunha entrevista concedida ao Diário de Notícias de Madeira, Jardim anunciou que o congreso se vai organizar en febreiro ou marzo dese ano. "Nessa altura já apresentei o último orçamento e já executei praticamente todo o programa", afirmou. Xa que logo adiantou que "o novo líder do partido, com a maioria parlamentar que o PSD tem, deve imediatamente constituir governo".
"A Constituição é clara. Se o presidente do Governo Regional apresentar a sua demissão, o representante da República -se ainda existir na altura- convoca os partidos políticos e a maioria apresentará um novo governo", explicou Jardim.
Alberto João Jardim está á frente do Governo Regional da Madeira dende o 17 de marzo de 1978, cando tomou posesión do seu cargo. Dende aquelas, Jardim saíu sempre elixido por maioría absoluta. Segundo os analistas, representa o rostro dunha Madeira que deixou atrás o subdesenvolvemento, mais onde as diferenzas sociais permanecen e mesmo van a máis.
"Herói da banda desenhada"
O veterano político fai unha lectura sombría da vida política portuguesa: "Antigamente os quadros políticos eram pessoas com ideias, podiam ser absolutamente contrárias uns dos outros, mas era gente de grande categoria, com ideias, com ideologias, com causas, com objectivos".
En declaracións á RTP, Jardim afirmou sentirse como un "herói da banda desenhada". "Sinto-me o Astérix", ironiza. "Os romanos rectangulares tentam cercar esta aldeia. Mas não só vamos resistindo como estamos a ver como é que os fazemos aborrecer".