"Mortes Matadas por armas de fogo no Brasil 1979 - 2003" é o título do livro que resulta de um estudo feito pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz que será lançado pelo representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil, Jorge Werthein e pelo presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, na próxima segunda-feira, em Brasília.
Waiselfisz, que é investigador e coordenador do escritório da UNESCO no estado de Pernambuco, fará uma breve apresentação dos principais resultados durante o lançamento da obra, a ter lugar no Senado.
De 1979 a 2003, o Brasil registou mais de 550 mil mortes por armas de fogo, sendo 502 mil por homicídios. O número de mortes por armas de fogo no país é maior do que muitos conflitos armados em diferentes partes do mundo.
Segundo uma nota informativa da UNESCO, este estudo é "uma contribuição para o importante debate que acontece hoje na sociedade brasileira sobre o desarmamento". Os números recolhidos no livro têm como objectivo "fornecer subsídios a todos os envolvidos, de uma forma ou de outra, nas decisões relativas ao desarmamento" no Brasil, é ainda referido.